segunda-feira, 30 de maio de 2011
Sem se apegar a datas
Outro dia, faz tempo, me disseram que eu falava demais e escutava pouco. Mentira não é.
Como todo bom ou ruim jornalista, gosto de falar, interromper, proclamar, idealizar e quem sabe, fazer acontecer - não necessariamente nesta mesma ordem e com efeitos negativos e positivos.
Agora tô lendo um livro, passo a maior parte da viagem de metrô lendo e nem olho para os lados, porque até meu ouvido anda ocupado com as repetidas músicas que eu ainda não criei vergonha para trocar.
De qualquer forma, ler é muito bom e necessário, confesso que sou bem preguiçosa, mas este ano devo ler um bocado mais do que o ano passado e com isso praticar a "mudez".
Por conta disso, ando observando muito, claro que continuo falando, mas não com todos e sobre tudo, tiveram a capacidade (ou honra) de fazer com que eu perca a vontade de falar de certos assuntos, situações com determinadas pessoas, apenas escutar, ou melhor, enquanto fala olhar para o nada e deixar pra lá. Ao mesmo tempo que é interessante não prestar atenção, a reação alheia é intrigante.
Momento de recolhimento a parte, as ideias na cabeça continuam as mesmas com opiniões mais ácidas.
O silêncio realmente é um bom remédio, apesar do refluxo dos sapos.
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